quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Autoconfiança X Arrogância?

Autoconfiança X Arrogância?
Diretora do Private Bank de um grande banco: "alguns bancos resolveram devolver a CPMF para atrair novos clientes. Não fizemos o mesmo porque achamos que se o investidor migra milhões só por causa da CPMF ele está fora do perfil
Vou pedir licença para mostrar duas frases que li numa famosa revista de negócios, cujo conteúdo nos fará pensar. São elas:

Diretora do Private Bank de um grande banco: "alguns bancos resolveram devolver a CPMF para atrair novos clientes. Não fizemos o mesmo porque achamos que se o investidor migra milhões só por causa da CPMF ele está fora do perfil que queremos".

Diretora de Recursos Humanos de outro grande banco: "Veto idéias de outras áreas que não condizem com a estratégia de negócios. Às vezes recebo demandas de outras áreas que querem aplicar treinamento ou oferecer palestras e não vejo necessidade disso".

Daí lembro de outra frase que nos remete invariavelmente a pensar. Ela é atribuída à Jack Welch, o executivo que virou a GE pelo avesso e tornou-se o mais admirado do mundo:

"A distância entre autoconfiança e arrogância é quase imperceptível !"

Por que colocar isso aqui? Porque a responsabilidade estratégica de uma empresa pode correr perigo se as pessoas não entenderem que essa linha tênue, imperceptível, pode fazer um estrago enorme na empresa se não estiver bem administrada. Autoconfiança é altamente positiva, porém Arrogância é destruidora, faz mal aos resultados da empresa.

Estamos hoje vivendo a globalização, uma era conturbada que se modifica todos os dias, portanto, pensamentos devem ser revistos, re-analisados, se for o caso, volte atrás numa decisão que tomou outro dia porque hoje talvez ela seja extremamente viável.

Ao ler essas duas frases, imaginamos qual seria a reação dos profissionais que estão em pequenas empresas, novos executivos, empreendedores, os quais tem como principal item da cartilha de negócios, não perder nenhum tipo de negócio, buscar todas as oportunidades que surgirem, aplicarem o jogo de cintura no dia a dia para, com humildade, trazer o retorno para a empresa.

Visando os resultados da empresa, acho sim que os profissionais de Recursos Humanos tem que ter uma visão empresarial do negócio de RH, precisam buscar toda forma de aprimoramento da cultura da empresa para a gestão dos negócios ser atualizada. Um profissional de RH tem que ser o catalisador e facilitador. Não pode ser uma profissão estanque, atendendo somente por demanda, mas sim com pró-atividade, sugerindo, modificando.

O resultado de um RH atuante, participativo e polarizador de novidades será uma equipe de executivos (em todos os níveis) mais abertos, preparados, sem correr o risco de perder negócios porque alguém acha que a empresa não deve entrar nesse ou naquele nicho, por arrogância.

Amigos muitos bem empregados: a vida aqui fora é outra, não se perde nenhuma oportunidade, avalia-se muito bem onde vai meter o bedelho porque o negócio é faturar e ganha-se por job. Quase todos por aqui sabemos o que significa salário, benefícios, mordomias, mas a realidade "da rua" é bem diferente.

Por aqui, vendem-se e compram-se excelentes treinamentos, palestras, paga-se a CPMF do cliente para ele fazer uma operação com a nossa empresa, facilita-se ao maximo a geração de negócios e, principalmente, garante-se a realização de resultados.

Meu lema para tirar qualquer duvida deixada pelo Jack Welch é a seguinte: para mim o que vale é o resultado com muita ética. O resto a gente vê depois!

EDSON LOBO é jornalista com formação em Administração de Marketing. É consultor de empresas na área de Comunicação Empresarial e Imagem.edson_lobo@hotmail.com